Deus está nos chamando a comunicar as três mensagens angélicas de Apocalipse 14 neste tempo. Se houve um tempo para essa mensagem profética, singularmente entendida pelos adventistas do sétimo dia, em uma era secular, esse tempo é agora!
No entanto, a fim de proclamarmos essas mensagens, precisamos primeiramente internalizá-las. Fazemos isso quando as recebemos, cremos nelas e somos por elas reavivados. Como essas mensagens especiais nos reavivam? Elas nos transformam à medida que as internalizamos. As mensagens estão cheias de luz; e quando se tornam parte de nós, elas brilham através de nós como luz a outras pessoas. Compreendemos, portanto, o quanto essas mensagens são vitalmente verdadeiras! E por amarmos a Deus, queremos compartilhar essa verdade transformadora com outras pessoas.
Essa é nossa comissão dada pelo próprio Jesus em Apocalipse 14. É uma ordem ao seu povo remanescente, e é uma obra dada a mais ninguém. Ellen G. White diz:
“Em sentido especial foram os adventistas do sétimo dia postos no mundo como vigias e portadores de luz. A eles foi confiada a última mensagem de advertência a um mundo a perecer. Sobre eles incidiu a maravilhosa luz da Palavra de Deus. Foram incumbidos de uma obra da mais solene importância: a proclamação da primeira, segunda e terceira mensagens angélicas. Nenhuma obra há de tão grande importância. Não devem eles permitir que nenhuma outra coisa lhes absorva a atenção.” (Testemunhos Para a Igreja, v. 9, p. 19)
Os primeiros crentes no advento pregaram a mensagem do retorno de Jesus em 1844, e enfrentaram o Grande Desapontamento conforme profetizado em Apocalipse 10. A obra deles, entretanto, ainda não estava concluída. Havia outra mensagem que Deus queria que eles dessem a todo o mundo. Essa mensagem é dividida em três partes (Ap 14:6-12).
Primeira Mensagem Angélica
A primeira mensagem angélica (v. 6, 7) proclama o evangelho eterno, a salvação através da justiça e graça de Cristo: seu poder justificador e santificador. O anjo anuncia que chegou a hora do juízo, e conclama as pessoas a voltar à verdadeira adoração a Deus, e a reconhecerem-no como criador.
O chamado para adorar a Deus como criador automaticamente coloca sobre o povo a responsabilidade de observar o dia que exalta o seu ato criativo. As criaturas não podem honrar o criador enquanto desprezam o mandamento de santificar o sábado, que o próprio Deus separou como memorial de sua criação. Durante o tempo de angústia, que imediatamente precede o retorno de Jesus, o sétimo dia será a questão central do conflito. Ellen White escreve:
“O sábado será a pedra de toque da lealdade; pois é o ponto da verdade especialmente controvertido. Quando sobrevier aos homens a prova final, será traçada a linha divisória entre os que servem a Deus e os que não o servem.” (O Grande Conflito, p. 605)
Adorar a Deus como criador significa que deve haver uma disposição de rejeitar falsas teorias quanto à origem da vida, inclusive a evolução. É impossível crer na evolução teísta ao assumir que Deus é o criador do céu, da Terra e de toda a vida que eles contêm. Defenda com firmeza a origem recente deste mundo e sua criação em seis dias consecutivos e literais.
Segunda Mensagem Angélica
A segunda mensagem angélica (v. 8), que anuncia a queda de Babilônia, foi apresentada pela primeira vez no verão de 1844. Devido à proclamação dessa mensagem suceder cronologicamente a pregação do juízo na profecia, e devido às igrejas às quais essa mensagem se aplica já haverem sido, outrora, puras, Babilônia refere-se às igrejas que rejeitaram a advertência do juízo.
A segunda mensagem, “Caiu, caiu a grande Babilônia”, é repetida em Apocalipse 18:1-4. O povo de Deus que ainda está em Babilônia é chamado a sair dela, para que, assim, não seja culpado de participar de seus pecados e não receba as pragas que deverão ser derramadas sobre ela. Portanto, Babilônia é constituída das igrejas que ensinam erros teológicos herdados pela igreja da Idade Média.
Terceira Mensagem Angélica
A terceira mensagem angélica (v. 9-11), contém uma clara advertência: não adore a besta e sua imagem, nem receba a marca dela. Se você assim o fizer, o resultado será destruição. O conteúdo da terceira mensagem está embasado na profecia do capítulo anterior (Ap 13). A besta representa a igreja apóstata. O segundo animal nesse capítulo, que representa os Estados Unidos, cria a imagem dessa besta. Em O Grande Conflito, p. 443, é dada uma definição da imagem.
Somos muito gratos pela liberdade religiosa garantida em muitos países, inclusive nos Estados Unidos. Contudo, de acordo com a profecia bíblica, está chegando o tempo em que nossa liberdade religiosa será reduzida. As igrejas controlarão tanto o governo, que o mesmo sancionará leis que cumprirão os desejos e intentos das igrejas apóstatas (O Grande Conflito, p. 445).
A marca da besta, a observância de um dia diferente do sábado bíblico, é uma instituição que claramente anuncia a autoridade da besta. Uma igreja mundial orgulha-se atrevidamente de ter mudado o sétimo dia, instituído na criação. Outras igrejas revelam que guardam o domingo como um memorial da ressurreição de Cristo. Nenhuma dessas declarações encontra-se nas Escrituras. Como resultado, o reconhecimento atribuído ao criador é retirado.
Efeito poderoso
Líderes religiosos apóstatas não serão capazes de refutar a evidência bíblica da santidade do sábado como dia de descanso, e isso os encherá de ódio. Em consequência disso, os guardadores do sábado serão perseguidos e presos. Em meio a todos esses acontecimentos, a proclamação da terceira mensagem terá um efeito que jamais foi visto antes. As pessoas verão que as profecias em Daniel, Mateus, Marcos, Lucas, Apocalipse e em outros lugares das Escrituras, estarão sendo cumpridas exatamente como os guardadores dos mandamentos haviam dito. A formação da imagem da besta e o decreto da lei dominical levarão à ruína nacional e internacional.
Aqueles que agarrarem-se firmemente ao seu Salvador e recusarem-se a abandonar as verdades encontradas nas três mensagens angélicas perceberão que devem cumprir seu dever em apresentar essas mensagens, e deixarão os resultados com Deus. Ellen White diz que terão “o rosto iluminado” e “irão de um lugar para outro para proclamar a mensagem do céu”, que “serão realizados prodígios, os doentes serão curados, e sinais e maravilhas seguirão aos crentes”. Assim, conforme expressa a profetisa, “os habitantes da Terra serão levados a decidir-se” (O Grande Conflito, p. 612).
Futuro fascinante
Esse é o futuro fascinante ao qual você e eu temos sido chamados. Nossa tarefa é ajudar a concluir a grande obra de Deus, proclamando essas mensagens poderosas. Somente seremos capazes de completar qualquer coisa se confiarmos plenamente em Jesus e sua justiça, bem como no poder do Espírito Santo. Deus está preparando você e eu para algo singular e extraordinário que ocorrerá em breve: o derramamento da chuva serôdia do Espírito Santo, para que, assim, sejamos reavivados e estejamos prontos para proclamar com intrepidez essas mensagens maravilhosas!
Deus está transformando os corações daqueles que ouvem essa maravilhosa mensagem profética; aqueles que precisam tomar uma decisão ao lado de Cristo. Que privilégio comunicarmos essa mensagem profética e, humildemente, pedirmos que Deus nos reavive e nos reforme através do poder do Espírito Santo!
Ted N. C. Wilson (via Revista Adventista)